Para muitos homens, a concepção de filhos pode se tornar uma jornada desafiadora, e compreender as razões por trás dessa dificuldade é fundamental.
Entender esses fatores constitui o primeiro passo essencial para todos aqueles que aspiram à paternidade. Se você está em busca de respostas, convidamos você a continuar a leitura deste artigo, no qual buscaremos investigar os fatores que envolvem a fertilidade masculina.
Vamos lá?
Quais são os principais fatores de risco para problemas de infertilidade masculina?
A infertilidade masculina pode ser influenciada por diversos fatores de risco. Homens com excesso de peso ou obesidade, idade acima de 40 anos e exposição à radiação têm maior probabilidade de enfrentar dificuldades na concepção. Além disso, a exposição a toxinas ambientais, como chumbo, cádmio, pesticidas e mercúrio, assim como o consumo de tabaco ou álcool, pode impactar negativamente a fertilidade. O uso de alguns medicamentos também está associado a maiores riscos.
Frequentar ambientes que elevem a temperatura dos testículos, como saunas e banheiras quentes, pode desencadear problemas de fertilidade. Históricos de criptorquidia (testículos que “não desceram”), varicoceles (veias dilatadas no escroto) e alta exposição à testosterona, seja por meio de injeções, implantes ou géis tópicos, também são fatores de risco importantes a serem considerados.
E quais as principais causas dos problemas de fertilidade em homens?
A seguir, detalharemos as diversas razões que podem impactar a capacidade reprodutiva masculina.
Azoospermia
A azoospermia é uma condição de infertilidade masculina caracterizada pela ausência total de espermatozoides no sêmen ejaculado. Existem dois tipos distintos de azoospermia e detalharemos cada um abaixo.
Obstrutiva
A azoospermia obstrutiva ocorre quando há um bloqueio dos ductos deferentes, podendo ser causado por anomalias congênitas, infecções ou vasectomia. O tratamento varia, mas geralmente envolve cirurgias para corrigir bloqueios ou a extração direta de espermatozoides dos testículos para técnicas de reprodução assistida.
Não obstrutiva
A azoospermia não obstrutiva ocorre quando há a ausência de produção de espermatozoides, com as principais causas sendo distúrbios genéticos, lesões nos testículos devido a traumas e infecções, e disfunções hormonais. Nesses casos, os tratamentos costumam ser medicamentosos.
Oligospermia
A oligospermia é uma condição caracterizada pela baixa concentração de espermatozoides no sêmen. As principais causas incluem distúrbios hormonais, exposição a substâncias tóxicas como pesticidas e radiação, varicocele e infecções nos órgãos reprodutores. Os tratamentos podem incluir terapias hormonais, mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, procedimentos cirúrgicos, recorrendo a técnicas de reprodução assistida quando necessário.
Tratamentos para câncer
Os tratamentos de câncer, apesar de vitais para combater a doença, frequentemente implicam em desafios significativos para a fertilidade. É importante entender esses impactos e explorar soluções tanto antes, quanto após o tratamento.
Preservação da fertilidade antes do início do tratamento
Antes de iniciar o tratamento, indivíduos têm a opção de considerar estratégias de preservação da fertilidade. Para homens, o congelamento de esperma é uma alternativa valiosa, permitindo a preservação de material genético para uso futuro.
Abordagens durante o tratamento
Durante procedimentos como a radioterapia, medidas podem ser tomadas para minimizar os impactos nos órgãos reprodutivos, como o uso de protetores testiculares, visando reduzir danos nos testículos. É essencial manter um diálogo aberto com o oncologista para escolher tratamentos menos impactantes para a fertilidade quando possível.
Estratégias de recuperação da fertilidade após o tratamento
Após o tratamento, deve-se realizar uma avaliação da fertilidade. Caso o homem esteja com problemas de fertilidade, os casais podem explorar técnicas de reprodução assistida, como Fertilização In Vitro (FIV) e Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI), para realizar o sonho de ter filhos. O suporte emocional desempenha um papel vital e buscar aconselhamento psicológico pode ser fundamental para lidar com os impactos psicológicos da infertilidade relacionada ao câncer, proporcionando uma abordagem holística para a jornada da fertilidade pós-tratamento.
Condições médicas pré-existentes
Condições médicas pré-existentes podem desempenhar um papel significativo na manifestação de problemas de fertilidade masculina. Três condições em particular — diabetes, doenças autoimunes e fibrose cística — merecem atenção especial devido às suas implicações diretas na saúde reprodutiva.
Diabetes
A diabetes, especialmente quando mal controlada, pode influenciar negativamente a fertilidade masculina. A alta glicose no sangue pode prejudicar os vasos sanguíneos e nervos responsáveis pela função erétil, além de impactar a produção de espermatozoides. A qualidade e motilidade dos espermatozoides podem ser comprometidas, dificultando a concepção.
Doenças autoimunes
Doenças autoimunes, caracterizadas pelo ataque do sistema imunológico a células saudáveis, também exercem influência na fertilidade masculina. A presença de anticorpos contra espermatozoides pode ocasionar danos às células reprodutivas, comprometendo sua capacidade de fecundação. Adicionalmente, o uso de tratamentos imunossupressores pode ter impactos adversos na produção de espermatozoides, agravando ainda mais os desafios relacionados à fertilidade.
Fibrose cística
A fibrose cística é uma condição genética na qual o ducto deferente, responsável por transportar os espermatozoides dos testículos para o canal ejaculatório, pode estar ausente ou bloqueado. A obstrução impede a liberação adequada de espermatozoides durante a ejaculação, resultando em infertilidade. É relevante ressaltar que, graças aos avanços na Medicina Reprodutiva, técnicas como a extração direta de espermatozoides dos testículos têm se mostrado como soluções promissoras para casais afetados.
Conclusão
A fertilidade masculina é complexa e pode ser afetada por diversos fatores, sejam eles genéticos, ambientais ou relacionados às condições de saúde. O entendimento desses fatores representa o primeiro passo essencial para lidar com os desafios que se apresentam ao longo da jornada da fertilidade.
No entanto, é encorajador reconhecer que, mesmo diante dessas condições, avanços na Medicina Reprodutiva oferecem uma gama de opções para contornar as barreiras à concepção. O diagnóstico precoce, o tratamento adequado e uma abordagem integrada, envolvendo a orientação de profissionais de saúde especializados, são pilares cruciais para enfrentar os desafios da infertilidade masculina.
Portanto, para aqueles que enfrentam essas situações, a esperança reside na compreensão, na consulta médica especializada e na busca por soluções adequadas para o seu caso. A conscientização, o apoio emocional e a colaboração com profissionais de saúde capacitados são passos vitais rumo ao alcance do precioso objetivo de ser pai.
Cada desafio deve ser encarado com determinação, conhecimento e esperança de que o caminho para a paternidade pode ser trilhado, mesmo diante das adversidades que podem afetar a saúde reprodutiva masculina.
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