Diagnóstico de baixa reserva ovariana: o que significa e qual tratamento buscar?

Médico explicando modelo anatômico e reserva ovariana ao paciente

COMPARTILHE

Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn

Para entender o que é baixa reserva ovariana, é preciso saber que toda mulher já nasce com a quantidade total de óvulos, diferentemente dos homens que começam a produzir seus gametas na puberdade. 

A mulher não produzirá mais óvulos e, ao longo de sua vida,  a quantidade de óvulos está em contínua redução. Esse é um processo natural da vida.

Sendo assim, quando há suspeita de infertilidade, um dos primeiros passos é investigar a reserva ovariana da mulher. 

Neste artigo, falaremos mais sobre o que é reserva ovariana, como medi-la e quais possíveis tratamentos.

como ocorre a ovulação e a relação com a baixa reserva ovariana

O que é baixa reserva ovariana? 

 

A reserva ovariana é a quantidade de folículos ovarianos presentes no ovário da mulher. Eles são formados desde quando a mulher está na barriga da mãe. 

É estimado que a mulher tenha aproximadamente 600.00 óvulos ao nascer. Essa quantidade cai para 60% quando começa a menstruar, chegando aos 21% do total aos 27 anos. Aos 35 anos, ela terá cerca de 32.00 óvulos, ou seja, 5% do total. Na menopausa, apresentará apenas 1%, o que corresponderia a pouco menos de 1.000 óvulos.

Porém, nem todas as mulheres nascem com a mesma quantidade de óvulos ou seguirá a mesma proporção de perdas ao longo da vida. É possível nascer com estoque menor, ou apresentar um consumo mais acelerado. 

Sendo assim, a baixa reserva ovariana é o baixo “estoque” de óvulos da mulher que acontece principalmente conforme a idade avança. 

É um fator a ser considerado, principalmente para as mulheres que desejam engravidar um pouco mais tarde.

 

baixa reserva ovariana e a quantidade de óvulos da mulher

Quais são as causas da baixa reserva ovariana? 

Como a baixa reserva ovariana é uma condição natural do corpo humano, sua principal causa é a idade avançada. Porém, alguns outros fatores internos podem influenciar na quantidade e qualidade dos óvulos. 

Confira as principais causas da baixa reserva ovariana: 

  • Idade avançada da mulher (mais de 35 anos);
  • Tratamentos oncológicos;
  • Fatores hereditários; 
  • Doenças Autoimune
  • Endometriose 
  • Falência Ovariana Precoce ou Menopausa Precoce
  • Tabagismo

Como diagnosticar a baixa reserva ovariana? 

Existem exames que medem a reserva ovariana da mulher e servem para diagnosticar os casos de baixa reserva ovariana. Eles possuem características diferentes e apenas um médico especialista pode indicar qual é o mais adequado.

Os três exames que medem a reserva ovariana são: 

Hormônio Folículo Estimulante FHS basal

Exame que mede o hormônio folículo-estimulante (FS), responsável pelo crescimento dos folículos ovarianos. Quando o nível de FHS estiver alto, indica que a reserva ovariana é baixa, sendo o resultado ideal FSH <10 U/L.

É importante que seja coletado entre o segundo e quarto dia do ciclo menstrual, isso porque há uma variação constante do hormônio durante o ciclo.

 

Hormônio anti-mulleriano

O Hormônio Anti-Mülleriano (AMH) é uma proteína produzida pelas células dos folículos ovarianos em mulheres. Este hormônio é frequentemente medido por meio de um exame de sangue e pode ser feito em qualquer momento do ciclo. Quanto maior o nível de AMH, maior costuma ser a reserva ovariana.

 

Contagem de folículos antrais

É um procedimento realizado por ultrassonografia transvaginal no início do ciclo menstrual para avaliar a reserva ovariana de uma mulher. Durante esse exame, o médico ou especialista em reprodução assistida examina os ovários em busca de pequenos folículos antrais, que são estruturas precursoras dos folículos ovarianos maduros. É considerada uma baixa reserva ovariana quando a contagem de folículos antrais é de 0 a 4mm.

 

exames para medir a baixa reserva ovariana

Quais os tratamentos para baixa reserva ovariana? 

 

Quando falamos em tratamento para baixa reserva ovariana é importante lembrar que a reserva ovariana da mulher não pode ser melhorada, pois não há como voltar a produzir novos óvulos.

Ainda assim, o diagnóstico de baixa reserva ovariana não é sinônimo de infertilidade. Existem abordagens para ajudar a otimizar a fertilidade e aprimorar as chances de gravidez.

Confira a seguir algumas orientações e procedimentos que envolve a reserva ovariana da mulher:

 

  • Mini fiv: semelhante a fiv tradicional, a mini fiv utiliza doses menores de medicamento para estimular o desenvolvimento dos folículos ovarianos. É frequentemente utilizada em casos de baixa reserva ovariana, onde a quantidade ou qualidade dos óvulos é reduzida.
  • Congelamento de óvulos: indicado para mulheres mais jovens que desejam preservar a qualidade dos seus óvulos para engravidar futuramente.
  • Ovodoação: é utilizado um óvulo de boa qualidade de uma doadora anônima para a realização da fertilização in vitro.

É importante lembrar que cada caso é único e apenas um especialista poderá, junto ao casal, recomendar as melhores opções de tratamento e os cuidados necessários de acordo com a reserva ovariana de cada mulher.

E-book sobre baixa reserva ovariana

 

Neste artigo, explicamos de forma geral o que é a reserva ovariana e quando ela é considerada baixa.

Entender mais sobre esse tema e sobre a idade reprodutiva é fundamental para planejar seu futuro ou buscar alternativas no presente.

Pensando em conscientizar o público feminino e trazer ainda mais informações sobre esse tema, o Fivmed lançou o ebook: “Papo (Re)Produtivo: um guia sobre reserva ovariana”.

É um material totalmente gratuito que traz conteúdo informativo, facilitado, dinâmico e acolhedor sobre o assunto.

Escrito por um dos médicos especialistas Fivmed Dr. Davi Buttros, o material é ilustrado com gráficos, possui referenciais teóricos de credibilidade e diálogos ilustrativos que vão ajudar ainda mais o entendimento sobre o tema.

Aprofunde seu conhecimento. Baixe o e-book clicando aqui.

 

e-book reserva ovariana

Posts relacionados