A maternidade nem sempre acontece no “tempo ideal” e, hoje, mais do que nunca, ela tem se tornado uma escolha cada vez mais consciente. A ciência já compreende que os planos de engravidar estão diretamente ligados a fatores emocionais, sociais e profissionais. Mas como o corpo da mulher responde a essas diferentes fases da vida?
Conversamos com especialistas do Fivmed para entender os desafios e possibilidades da gravidez aos 20, 30 e 40 anos. Também reunimos evidências científicas que ajudam a esclarecer o cenário da fertilidade em cada etapa.
Gravidez aos 20 anos: auge da fertilidade
Do ponto de vista biológico, o período dos 20 aos 30 anos é o mais fértil para a mulher. Nessa faixa etária, o corpo responde melhor às mudanças hormonais da gestação e os riscos de complicações são menores, tanto para a gestante quanto para o bebê.
É nessa fase que a fertilidade está em alta, os óvulos são mais jovens e o risco de alterações genéticas no embrião é menor. Além disso, há menor propensão a complicações gestacionais, tornando esse período o mais indicado do ponto de vista reprodutivo.
Estudos confirmam esse cenário. De acordo com a pesquisa Knowledge about the impact of age on fertility: a brief review, antes dos 30 anos, a mulher tem 85% de chance de engravidar em 1 ano, número que diminui significativamente com o avanço da idade.
Gravidez aos 30 anos: equilíbrio entre corpo e maturidade
Entre os 30 e os 35 anos, a fertilidade ainda é considerada boa, especialmente com a adoção de hábitos saudáveis. Para muitas mulheres, esse período representa uma fase de maior estabilidade emocional, segurança profissional e disposição física.
Nessa etapa, é comum encontrar o equilíbrio entre maturidade e saúde reprodutiva. Porém, é importante ter atenção: a partir dos 35 anos, começa uma queda mais acentuada da reserva ovariana.
O mesmo estudo citado anteriormente aponta que, nessa idade, há 66% de chance de engravidar nos primeiros 12 meses, e o risco de alterações cromossômicas no embrião começa a aumentar.
Gravidez aos 40 anos: novos caminhos com apoio da ciência

Com o aumento da expectativa de vida e mudanças no estilo de vida, muitas mulheres estão deixando a maternidade para depois dos 40. Essa escolha, embora válida e cada vez mais comum, vem acompanhada de novos desafios.
Apesar de muitas mulheres estarem mais ativas e saudáveis do que nunca aos 40, a gravidez é considerada de risco. Há um aumento das chances de complicações na gestação e uma redução significativa da fertilidade.
Riscos como aneuploidias, abortamento e, em mulheres com múltiplas cesáreas prévias, maior chance de placentação anormal, são mais comuns (FIOCRUZ, 2022). Nesse momento da vida, a chance de engravidar dentro de 1 ano é de 44%.
Por outro lado, os avanços da medicina reprodutiva têm mudado esse cenário. Técnicas como a fertilização in vitro e o congelamento de óvulos oferecem alternativas seguras para quem deseja postergar a maternidade com mais segurança.
Considerações finais
A melhor idade para engravidar é aquela que considera não apenas o corpo, mas também o momento de vida da mulher. Hoje, com o acompanhamento médico adequado e o apoio da ciência, é possível planejar a maternidade com mais consciência e tranquilidade, independentemente da idade.
Se você acredita que cada mulher tem seu tempo certo para ser mãe, a campanha “Maternidade Sem Pressa” foi feita pra você. A iniciativa acolhe quem deseja viver a gravidez aos 20, 30 e 40 anos com tranquilidade, informação e autonomia para decidir o melhor momento.