Você sabia que a ultrassonografia é um dos exames mais realizados em todo o mundo e isso inclui a Reprodução Assistida? Isso se deve ao seu caráter curinga, sendo um exame que ajuda no diagnóstico de doenças, contribui em tratamentos diversos e, de quebra, ajuda a verificar se tudo está certo no funcionamento do nosso corpo.
Mas você ficou com dúvida quando viu o termo “Reprodução Assistida” aparecer ali em cima? Pois não deveria! Hoje vamos explicar um pouco mais sobre a realização da ultrassonografia na sua jornada tentante.
A Ultrassonografia é essencial na Reprodução Assistida
Independentemente do método de reprodução assistida que a sua equipe médica decidiu por seguir, a ultrassom é um recurso imprescindível. Este exame não invasivo pode contribuir não apenas no processo de investigação das possíveis causas de infertilidade do casal, como também ser peça-chave na estimulação ovariana e após o recebimento do seu positivo.
Além disso, a ultrassonografia pode ser utilizada em complementaridade com o Doppler colorido, um tipo de exame que permite a avaliação de fluxo sanguíneo na área examinada. Tal método permite uma investigação aprofundada e com maior taxa de certeza na detecção da varicocele, uma das doenças mais comuns na infertilidade de fator masculino.
Individualmente, a ultrassom também pode identificar cistos, tumores e mesmo alterações na formação dos testículos.
Outras perspectivas para o uso da ultrassonografia são analisar o processo de ovulação, detectar alterações no útero e doenças diversas como a síndrome dos ovários policísticos, pólipos endometriais, miomas e endometriose.
Os principais tipos de ultrassonografia utilizados na Reprodução Assistida
Considerando os mais variados quadros que podem conduzir um casal ou paciente a um processo de Reprodução Assistida, utilizamos esse exame, principalmente, de três formas.
Abaixo, destacamos as principais diferenças entre os exames e sua aplicação em casos distintos.
- Ultrassonografia Transvaginal: sua utilização fundamental é detectar complicações que possam estar presentes no canal vaginal de pacientes, além de ser utilizado para acompanhar a gestação. Vale ressaltar que a extrema qualidade das imagens geradas e o fato de ser um exame não invasivo são alguns dos pormenores que contribuem para uma gama de quadros;
- Ultrassonografia Abdominal: uma vez que este exame consegue captar imagens de todo o abdome, sua utilização permite averiguar um quadro geral. Normalmente ele é requisitado em momentos antes do início do tratamento, para averiguar possíveis alterações na região;
- Ultrassom com Doppler: quando este exame é realizado juntamente com o Doppler, o objetivo principal é avaliar a circulação dos vasos sanguíneos e o fluxo do sangue no corpo. Este exame é amplamente utilizado na investigação da varicocele e para avaliar o sistema reprodutor feminino em busca de alterações que atrapalhem a gestação.
Em síntese, a variedade de ultrassonografias aplicadas na Reprodução Assistida representa um conjunto de ferramentas fundamentais para a avaliação precisa e contínua durante o processo. Para tanto, quem decidirá os caminhos a serem percorridos e quais os exames executados é a equipe médica responsável.
A Ultrassonografia nas etapas do tratamento de Reprodução Assistida
Durante todo o processo de Reprodução Assistida, a equipe responsável pode requisitar ultrassonografias por diversos motivos. Na etapa do pré-tratamento, a avaliação é feita em busca das causas por trás da infertilidade. Aqui também podemos avaliar alterações ou malformações que dificultam a reprodução naturalmente.
Uma outra possibilidade do uso da ultrassonografia é quando damos início à estimulação ovariana. Como este processo demanda tempo e pode trazer resultados diversos, a ultrassonografia permite monitorar como estamos evoluindo e, assim, entender os próximos passos a serem executados.
Por fim, já na fase de coleta de óvulos, conseguimos acompanhar em tempo real o desenvolvimento de folículos ovarianos, fornecendo informações precisas sobre o número, tamanho e maturação dos óvulos. Essa tecnologia proporciona um acompanhamento detalhado e preciso, contribuindo significativamente para o sucesso dos procedimentos de reprodução assistida.
Avaliação do Endométrio na Reprodução Assistida
Como você já sabe, o endométrio tem papel fundamental na reprodução humana, mas, principalmente, na Fertilização in Vitro, uma vez que é necessário avaliar e identificar se o endométrio da paciente está adequado para receber os embriões. A estes casos damos o nome de “endométrio receptivo”.
É neste momento em que a ultrassonografia se torna mais importante, permitindo que a equipe médica responsável consiga compreender se a fisiologia da paciente contribuirá para o sucesso da implantação.
O exame também deve ser realizado durante todo o processo de estimulação ovariana a fim de confirmar se as paredes endometriais estão se espessando em paralelo ao desenvolvimento folicular, etapas que precedem uma fertilização de sucesso.
Contagem de Folículos Antrais na Reprodução Assistida
Um dos processos da FIV é a estimulação ovariana, etapa onde o organismo da paciente é estimulado por meio de medicação a desenvolver uma quantidade maior de folículos que, posteriormente, se tornarão óvulos. Claro, isso depende também de uma reserva ovariana de qualidade, o que é diretamente avaliado por meio de um ultrassom transvaginal.
Neste exame, o médico é capaz de contar e medir os folículos antrais visíveis, o que dará subsídios para entender a quantidade e qualidade dos óvulos disponíveis nos ovários. Esta é uma etapa que fornece respostas acerca dos possíveis resultados que a paciente terá no processo de estimulação ovariana, guiando a equipe responsável acerca do protocolo ideal a ser adotado.
Um resultado baixo na contagem (número igual ou inferior a 8) indica que o estímulo ovariano resultará em uma baixa quantidade de óvulos, o que levará o profissional responsável a indicar formas de maximizar os resultados.
Já um resultado alto na contagem de folículos antrais (superior a 15), mostra qual o caminho a ser percorrido em termos de tratamento hormonal e indução da superovulação da paciente.
Ultrassom com Doppler na Reprodução Assistida
Anteriormente falamos sobre a utilização de ultrassom com Doppler, principalmente nas etapas iniciais da Reprodução Assistida. Neste momento, nosso foco é falar mais sobre os processos posteriormente.
Este exame tem papel importante na avaliação do fluxo sanguíneo no útero e ovários. Assim, é possível investigar com profundidade as possíveis anomalias nos vasos sanguíneos que podem ocasionar tromboses e, durante a gestação, reduzir o fluxo de sangue entre a mãe e o feto.
Vale ressaltar que este é um método amplamente utilizado por ser seguro, indolor e bastante prático, uma vez que não se utiliza de radiação e nem tem efeitos colaterais na paciente.
Já no processo de implantação embrionária para a Reprodução Assistida, a ultrassonografia com doppler permite averiguar se não estão ocorrendo obstruções nas tubas uterinas ou mesmo se outros quadros vivenciados pela paciente não estão afetando o processo implantacional. Trata-se de mais uma ferramenta para garantir tranquilidade e prevenir adversidades futuras.
Ultrassonografia após a Reprodução Assistida
E claro, como você já sabe, a ultrassonografia é uma ferramenta essencial após o seu positivo, permitindo que os médicos responsáveis façam todo o acompanhamento do desenvolvimento do embrião e da gestação em si, garantindo a saúde da mamãe e do bebê.
Seja na detecção da gestação por meio de uma ultrassonografia comum ou mesmo no acompanhamento inicial da gravidez: este é um exame que permite não apenas um contato entre mamãe e bebê, como também garante que a gestação está se desenvolvendo tranquilamente.
Em suma, a ultrassonografia em suas mais variadas formas é uma das maiores aliadas para a saúde da paciente e do seu futuro filho.
Aqui no Fivmed toda a sua jornada pode ser assistida com uma equipe preparada para oferecer o melhor para você e a sua família que está dando os primeiros passos. Conte com a gente!